O caso do LocationGate provocou discussões em todo o mundo a respeito da privacidade dos usuários de smartphones. O vice-presidente de tecnologia de software da Apple, Guy L. "Bud" Tribble, e o chefe de políticas públicas do Google, Alan Davidson, compareceram ao Senado norte-americano nesta terça-feira para falar sobre o LocationGate. Tribble reiterou a posição da Apple de que a privacidade de seus usuários é a mais alta prioridade da empresa.
Tribble recapitulou muito do que a Apple divulgou no final de abril em um comunicado explicando a funcionalidade de Localização de Serviços dos dispositivos iOS. Segundo o Apple Insider, o executivo deixou claro que a Apple não rastreia seus usuários e não compartilha informações pessoais com outras empresas sem o consentimento do usuário.
"A Apple tem o compromisso de dar aos nossos consumidores o controle e a escolha sobre as suas informações e acreditamos que nossos produtos o fazem de forma simples e elegante", disse Tribble. Ele disse ainda que a Apple não tem acesso ao cache de informações por onde os usuários passaram e estes dados são protegidos dos aplicativos do iPhone ou iPad do cliente.
O executivo explicou que os dados encontrados nos iPhones são de torres de celular e redes Wi-Fi que ajudam os usuários a ter acesso fácil à sua localização, antes de obter o sinal do GPS. Tribble também disse que a Apple consertou o bug que fazia com que o iOS guardasse informações do usuário por muito tempo.
Além disso, ele admitiu que a Apple não verifica todos os 350 mil aplicativos para iPhones, assim como seria impossível para o governo visitar todos os cidadãos que pagam os seus impostos, mas afirmou que a companhia de Cupertino fica de olho nos blogs e na comunidade de aplicativos para potenciais violações de suas regras. Se a violação é descoberta, os aplicativos são removidos em 24 horas e o desenvolvedor recebe um aviso.
O executivo do Google foi questionado sobre a coleta de dados de redes Wi-Fi no serviço Street View, que captura imagens. Davidson disse que a coleta de dados não foi intencional e não foi feita para melhorar o produto Google Maps. "Foi um erro e certamente nunca tivemos a intenção de coletar informações dos usuários", disse.
Davidson também afirmou que a política do Google é diferente da Apple e que a natureza do sistema de código aberto é não interferir no trabalho dos desenvolvedores. Para proteger os usuários, o executivo disse que o Google tem uma lista de funcionalidades, incluindo os serviços de localização, que podem ser baixados no Android Market. Ele afirmou que sempre é perguntado aos usuários se eles querem compartilhar estas informações assim que instalam os aplicativos e o consumidor tem o poder de alterar esta decisão sempre que achar necessário.
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